Não basta ampliar o número de vagas se elas não tiverem qualidade. Processos de avaliação são essenciais para identificar o que precisa ser aprimorado
Uma educação infantil de qualidade é importante para o desenvolvimento saudável da criança e está associada a maiores níveis de sucesso acadêmico e profissional, além da redução de desigualdades sociais. Estudos mostram que creches de má qualidade, inclusive, podem até causar impacto negativo no desempenho das crianças a longo prazo.
O Brasil avançou nos últimos anos no que diz respeito ao acesso à educação infantil, mas ainda são poucas as políticas públicas que nos permitem diagnosticar a sua qualidade. Sabemos que profissionais qualificados, práticas pedagógicas enriquecidas, espaço físico e materiais apropriados são essenciais, mas para investir na melhoria do serviço é primordial saber onde e em que aspectos ele precisa ser aprimorado.
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um importante elemento para a garantia da qualidade na educação infantil. Ela descreve objetivos de desenvolvimento e aprendizagem que devem nortear a prática do professor em creches e pré-escolas, respeitando as especificidades de cada faixa etária.
O que não se pode medir não se pode melhorar e, por isso, é fundamental que os municípios implementem processos de avaliação da qualidade da educação infantil, que levem em conta a infraestrutura das unidades, os materiais disponíveis e práticas pedagógicas realizadas. Espera-se que, a partir dos resultados, possam ser aprimorados os processos de gestão tanto no nível dos municípios quanto das unidades educativas, promovendo ações que visem a melhora da qualidade do serviço prestado.
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É responsabilidade dos municípios oferecer assistência técnica e supervisão adequada para garantir a qualidade em suas unidades diretas e também em entidades conveniadas, filantrópicas e assistenciais.